Diretor: Fernando Meirelles
Roteirista: Don McKellar
Duração: 120 minutos
Gênero: Suspense / Drama
Classificação: 16 anos
Sinopse: Uma inédita e inexplicável epidemia de cegueira atinge uma cidade. À medida que os afetados são colocados em quarentena e os serviços oferecidos pelo Estado começam a falhar, as pessoas passam a lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. Nesta situação a única pessoa que ainda consegue enxergar é a mulher de um médico, que juntamente com um grupo de internos tenta a todo custo lidar com a desordem e o caos instalado no local.
Contém Spoilers / Blindness's Short Review por Eduardo Tomazzoni
Vamos direto ao ponto: O filme apresenta uma premissa intrigante, uma boa trilha sonora, é extremamente bem dirigido por Fernando Meirelles e contem algumas boas atuações (Julianne Moore e Gael Garcia Bernal estão ótimos), mas infelizmente, decepciona por possuir um roteiro pobre, que abusa de incongruências para desenrolar a história de modo um tanto forçado.
O problema já começa ao vermos o descaso do governo perante os infectados, que são tratados pior que animais: Simplesmente não há cuidados médicos, guias, vistorias ou qualquer tipo de vigilância interna.
Depois acompanhamos o caos se alastrando pelo local de modo grotesco, sem que qualquer manifestação com o objetivo de gerir ordem realmente aconteça. Nenhum tipo de decisão, nenhum tipo de conselho, nenhuma verdadeira tentativa de contatar o mundo externo. Todos os personagens são inertes e estúpidos, até mesmo a personagem de Julianne Moore, que consegue ser a pior de todas, pois não sofre de cegueira alguma.
A cena do estupro coletivo, então, é o ápice do ridículo. Onde a personagem principal prefere deixar todas mulheres do grupo (incluindo a si mesma) se submeterem às exigências doentias de bandidos ao invés de utilizar sua capacidade de enxergar (e um pouco de seu cérebro) para procurar uma alternativa.
Isso sem contar outros acontecimentos como: as atitudes tolas dos guardas, os portões do local de quarentena estarem abertos, a cena clichê e desnecessária do supermercado, e o clássico e covarde final feliz para todos (ou quase todos).
Claro, o filme não é de todo ruim. A qualidade da produção é muito boa é a crítica social é bastante válida, mas no fim das contas, mesmo possuindo vários aspectos positivos e conceitos filosóficos interessantes, Ensaio Sobre a Cegueira apresenta um roteiro tão problemático que consegue ofuscar os pontos interessantes do filme, comprometendo o resultado da obra.
O problema já começa ao vermos o descaso do governo perante os infectados, que são tratados pior que animais: Simplesmente não há cuidados médicos, guias, vistorias ou qualquer tipo de vigilância interna.
Depois acompanhamos o caos se alastrando pelo local de modo grotesco, sem que qualquer manifestação com o objetivo de gerir ordem realmente aconteça. Nenhum tipo de decisão, nenhum tipo de conselho, nenhuma verdadeira tentativa de contatar o mundo externo. Todos os personagens são inertes e estúpidos, até mesmo a personagem de Julianne Moore, que consegue ser a pior de todas, pois não sofre de cegueira alguma.
A cena do estupro coletivo, então, é o ápice do ridículo. Onde a personagem principal prefere deixar todas mulheres do grupo (incluindo a si mesma) se submeterem às exigências doentias de bandidos ao invés de utilizar sua capacidade de enxergar (e um pouco de seu cérebro) para procurar uma alternativa.
Isso sem contar outros acontecimentos como: as atitudes tolas dos guardas, os portões do local de quarentena estarem abertos, a cena clichê e desnecessária do supermercado, e o clássico e covarde final feliz para todos (ou quase todos).
Claro, o filme não é de todo ruim. A qualidade da produção é muito boa é a crítica social é bastante válida, mas no fim das contas, mesmo possuindo vários aspectos positivos e conceitos filosóficos interessantes, Ensaio Sobre a Cegueira apresenta um roteiro tão problemático que consegue ofuscar os pontos interessantes do filme, comprometendo o resultado da obra.
Veredicto Final:
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